4 de novembro de 2010

Sem destino

“O destino é como um estranho e impopular restaurante, cheio de garçons esquisitos trazendo coisas que você nunca pediu e de que nem sempre gosta.” Daniel Handler.

Dizem que o destino é desconhecido e inevitável. Dizem que ele é determinado assim que somos concebidos, estabelecendo a ordem natural dos acontecimentos em nossa vida. Também dizem que ele não pode ser mudado, que o que é pra ser está escrito e nada vai mudar o que está predestinado. As pessoas sempre deram várias definições para o destino, mas não me contento com isso. Às vezes, desconfio dele. Aliás, quase sempre. Eu já nasci desconfiada. Será o destino? Bem provável que não. Poucas vezes acredito que ele de fato exista. Destino pode ser um eufemismo, quando nada vai bem. Pode ser explicação simples e rápida quando faltam palavras para definir o momento. Pode ser a palavra chave de um poema, assunto pra ser discutido em sala de aula ou término de namoro. Pode ser livro, filme, música... Da vida, da morte. Pode ser substantivo abstrato. Não pode ser obra completa. Ainda faltam muitas páginas para concluí-la, mas não tenho pressa. Escrevo meu destino a cada dia, e não tenho medo dele.

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